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Começou na manhã desta terça-feira, em Goiânia (GO), a audiência com depoimentos de testemunhas de acusação do processo referente à Operação Monte Carlo, na qual o bicheiro Carlinhos Cachoeira foi preso no fim de fevereiro. O contraventor e mais sete são réus na ação penal.
O juiz Alderico Rocha Santos abriu os trabalhos na 11ª Vara da Justiça Federal de Goiânia. A previsão é de que quatro policiais federais que participaram das interceptações telefônicas da operação prestem seus esclarecimentos.
Além de Cachoeira, familiares do bicheiro acompanham o depoimento, entre eles a mulher Andressa Mendonça e o pai, Sebastião Ramos, conhecido como Tião Cachoeira. Ontem, o contraventor teve mais um pedido de liberdade negado pela Justiça.
Delação premiada
Cachoeira deve depor apenas amanhã, quando receberá da Justiça Federal de Goiás uma oferta de delação premiada.
Os juízes querem aproveitar as alegações da defesa de saúde debilitada e o prazo já longo da prisão preventiva para garantir o benefício que assegura ao réu o direito à redução de pena em troca de informações úteis ao processo.
A hipótese vinha sendo descartada pelos advogados até o mês passado, mas as sucessivas derrotas do contraventor para conseguir a liberdade na Justiça - sete no total - podem mudar a estratégia da defesa. “Ainda vamos conversar a respeito”, esquivou-se a advogada do bicheiro, Dora Cavalcanti.
Em depoimento, um policial diz que o agente morto em Brasília teria sido abordado por PM’s ligados a Cachoeira na operação Monte Carlo
Um policial federal afirmou nesta terça-feira, em depoimento à Justiça Federal em Goiânia, que o agente da Polícia Federal assassinado na semana passada em Brasília, havia sido abordado por PMs ligados ao grupo de Carlinhos Cachoeira durante a Operação Monte Carlo.
Wilton Tapajós Macedo foi morto no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília, enquanto visitava o túmulo dos pais. Segundo o depoente havia policiais que recebiam valores mensais do grupo do contraventor. E que além disso foram identificados casos de pagamento de propina a policiais civis e até a tentativa de obter informações da Força Nacional de Segurança.
A Polícia Civil e a Polícia Federal abriram investigação para apurar a morte do agente federal.
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